Essa análise foi elaborada por: Ana Beatriz de Oliveira Sardinha, Kamyla Roberto dos Santos, Lara Carvalho, Letícia Genuíno Rodrigues, Letícia R. Sampaio Andrade, Maria Laura Ranuja Rodrigues e Sthefany de Souza
Nair Benedicto
Bibliografia: Nasceu na cidade de São Paulo em 1940 e se consolidou como fotojornalista no anos de 1970. Seu trabalho é marcado como foco nas questões sociais que permeavam a época, como o movimento sindical, os direitos da mulher, a situação da criança, a reforma agrária e a questão indígena.
Couro vegetal Bia Saldanha Virginia, 1994 - Alto Juruá, AC
Análise: A imagem retrata uma atividade rotineira dos indígenas da aldeia. O ângulo escolhido para a foto foi muito interessante, o uso de luz/sombra, em que o segundo plano mais escuro, há sombra nos objetos e a luz dá visibilidade - no primeiro plano - ao "pó" que subiu no momento e a forma do índio, e isso traz um ar místico e chama a atenção ao analisar a fotografia.
Foto 2: Comemoração da Copa do Mundo, 1986
Letizia Battaglia:
Bibliografia: A fotógrafa Letizia Battaglia nasceu na Itália em 1935 e morreu em abril de 2022. Em seu trabalho, documentou os conflitos na época mais violenta da “guerra da Máfia”, nas décadas de 70 e 80, trazendo imagens extremamente intensas, amiúde brutais, entre as suas fotografias mais conhecidas.
Battaglia documentou também a vida dos bairros pobres de Palermo, os movimentos políticos, o despertar de novos comportamentos sociais, produzindo imagens que se tornaram icônicas.
Sempre encarou a fotografia como instrumento de intervenção e de denúncia social. A isso se une uma extraordinária força expressiva e um apuro formal, que marcam suas fotos com uma assinatura inconfundível e a tornaram um dos nomes mais importantes da fotografia europeia de sua geração
Análise: A fotografia retrata o assassinato de uma profissional do sexo e dois clientes, e isso aconteceu devido à compra de drogas de outra máfia. Esteticamente, a foto é preto e branco como uma forma de ser respeitosa à memória dos mortos e também cria um silêncio para a cena em questão. O uso da luz e sombra, em que os corpos e o chão mais escuros e a parte de cima junto a parede dão um ar de leveza e uma ideia de divino
Análise: A foto apresenta uma criança com uma arma de brinquedo fingindo ser um mafioso. Através da imagem, Battaglia registra a influência da máfia sobre os bairros carentes de Palermo, uma vez que a imagem mostra a banalização da violência e do uso de armas, decorrente da intensa guerra do período. O foco da fotografia está na arma e todos os pontos - estar em primeiro plano, a blusa branca, o rosto mascarado, fundo embaçado e o rosto não está ali, mas o corpo sim - ajudam nisso.
Bibliografia: László Moholy-Nagy nasceu na Hungria em 1895 e morreu no ano de 1946.
Seu interesse pela fotografia experimental e por metodologias simples produziu fotogramas e fotomontagens que extrapolavam a simplicidade do processo e que tinham como fim observar como a luz agia nos objetos sob determinados tempos de exposição distintos.
Usando somente papel fotográfico e os objetos que encontrasse à mão, criava imagens negativas cheias de nuances.
Análise: A foto traz um jogo de luz e sombras que sintetiza suas tentativas de visualizar o ato de ver a partir de múltiplos pontos de vista. A forma dá um sentimento de caindo, a não definição se está reto ou na diagonal, e se está mais a frente ou mais ao fundo, e também a mudança de foco pela forma não definida.
Análise: A foto traz um enquadramento bem próximo focando bem o tema principal. Ao trazer um jogo de luz e sombras a fotografia esconde uma parte do rosto da mulher, não sendo possível visualizar com detalhes seu olhos a foto se torna intrigante, e isso dá a impressão de olhar morto ou apático. Também a atenção é diferente para quem olha, primeira atenção no cabelo ou na luz no rosto.
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